sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Para Ti...

28 Junho 2009     (Tirem o som lá em baixo, se faz favor...)




...que sufocas
...que usas uma máscara
...que vales mais do que julgas
...que vês mais do que os outros
...que buscas empatia
...que ages instintivamente...



Love In Chains

I shout and call for rejoicing
I hear the sound of angel wings
Escape us as we close the ring
And into the fire we will fall
Our desire, our flame, our call
So be it, once for all

And you are the dream and I am the lie
I am the Devil and you are my disguise
I'm all the pain you always tried to keep inside

Love in chains
We break free
There is a time
For you and me
Not today
Not tomorrow
But one day our sorrow
Shall go away

All our being is spellbound
A black magic hellhound
Let us have another round for our love
Many hours we shall wait
But it will never be to late
In life or death we'll integrate one day

through rain and stormy weather
Shall always be together
Together here forever
Forever...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Apetece-me...

Fevereiro 2008









Apetece-me...




...partir tudo.
Apetece-me cuspir-te para a cara.
Apetece-me rir.
Apetece-me ser feliz.
Apetece-me ir contra um muro.
Apetece-me fugir sem destino.
Apetece-me saltar.
Apetece-me dançar.
Apetece-me enlouquecer.
Apetece-me chorar.
Apetece-me gritar.
Apetece-me desaparecer.
Apetece-me ouvir.
Apetece-me fechar os olhos.
Apetece-me congelar o tempo.
Apetece-me não mais existir.
Apetece-me dormir e não mais acordar...




Até amanhã...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mors Liberatrix / Mors Amor


Mors-Liberatrix

Na tua mão, sombrio cavaleiro,
Cavaleiro vestido de armas pretas,
Brilha uma espada feita de cometas,
Que rasga a escuridão, como um luzeiro.

Caminhas no teu curso aventureiro,
Todo envolto na noite que projectas...
Só o gládio de luz com fulvas betas
Emerge do sinistro nevoeiro.

- «Se esta espada que empunho é coruscante
(Responde o negro cavaleiro andante),
É porque esta é a espada da Verdade:

Firo mas salvo... Prostro e desbarato,
Mas consolo... Subverto, mas resgato...
E, sendo a Morte, sou a liberdade.» 


Mors-Amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a Morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"



Estou fatigado de ter de lidar comigo mesmo, estou fatigado do espelho olhar de volta, estou fatigado de não mostrar as minhas cores a quem devia ver. A quem devia ver, sofrer, recuar, fugir, desaparecer...

Inércia aprisionante, letargia apaixonante...
Sinto o tempo a passar sem ele passar por mim...
A mente viaja por sitios onde nunca estive, nunca quero estar e nunca estarei... No entanto, um dia foram meus, nem que por um segundo.

O nove de espadas brilha à minha frente, está envolta nas frias chamas da angústia... Nove é o teu dia, nove é a tua carta, nove vidas ainda me esperam...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cicatrizes do Nada

14 Abril 2007



Cicatrizes do nada, tumulto sensorial, angústia real. A espera pela onda mais forte, a onda fatal que afoga num turbilhão de areia orgânica e pânico inorgânico. Peito aberto para receber o beijo gelado.
(...)
Opções com pressa de viver que morrem lentamente. Opções de exterior belo e atractivo mas que falham na essência, no interior. Com o recuo da maré, fica um manto vazio e vulgar, e o vulgar é nada, cicatrizes do nada...

sábado, 8 de outubro de 2011

Gatos de Cemitério

Abril 2007



A minha inevitável caminhada pela Noite, levou-me ao inevitável cemitério... Na inevitável escuridão, destingui dois vultos que não faziam sentido: dois gatos guardavam a sua entrada, dois felinos possantes, simbolos cabalisticos no seu pelo, olhos faiscantes mesmo sem a luz da Lua...
Em transe recebi a sua mensagem, ditada numa lingua estranha mas universal. A linguagem dos sentidos, dos instintos, da Élite...
Relatos da angustia que afoga os homens, do sangue que ferve nas veias, do fraco poder das palavras... Inconstantes mutações, sentimentos que falham, o Caos organizado, as verdades nas mentiras... As máscaras que escondem tragédias, os gritos mudos carregados de veneno, a mão amiga que reclama por algo mais...
Acordei do transe, a cara encharcada em sangue, os sentidos desorientados por não reconhecerem o espaço...
A sombra da Terra inicia o devoramento da Lua. Tudo é passageiro, nada é eterno... A misericórdia está ao meu alcance. Cravo-a no peito sem hesitar. Estou morto... pelo menos para os outros...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Gelado alívio que ferve...

Outubro 2006

Entras em mim com sintomas de dor. O teu beijo gelado electrifica-me cada célula. um exército inteiro desperta-me o sistema circulatório e marcha descompassado por breves momentos. Um vulcão (não muito) adormecido desperta com este terramoto sensorial, e a sua lava de angustia é expelida pelos meus olhos turvos. Liquido encarnado junta-se a mais liquido escarlate, senha fatal para o outro mundo. Mas tudo acaba, tudo tem um fim, a consciência fala mais alto... Desperto para a realidade, onde reinam os sons do tráfego e as noticias do éter. Com alivio passo a lingua por ti (afinal tudo o que queria) e guardo-te (precioso tesouro) na bainha de onde nunca devias ter saído...