segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Gelado alívio que ferve...

Outubro 2006

Entras em mim com sintomas de dor. O teu beijo gelado electrifica-me cada célula. um exército inteiro desperta-me o sistema circulatório e marcha descompassado por breves momentos. Um vulcão (não muito) adormecido desperta com este terramoto sensorial, e a sua lava de angustia é expelida pelos meus olhos turvos. Liquido encarnado junta-se a mais liquido escarlate, senha fatal para o outro mundo. Mas tudo acaba, tudo tem um fim, a consciência fala mais alto... Desperto para a realidade, onde reinam os sons do tráfego e as noticias do éter. Com alivio passo a lingua por ti (afinal tudo o que queria) e guardo-te (precioso tesouro) na bainha de onde nunca devias ter saído...

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